Pedro não teria ainda quatro anos. A azáfama do Natal,no apartamento dos pais ,excitava - lhe os sentidos. A mãe corria da cozinha para a sala e, passando por ele, deixava no ar um travo perfumado em que se misturavam a alfazema e a canela das rabanadas que crepitavam no fogão.
Emília, a irmã , telefonava ás amigas, enquanto, paciente, o Pedro esperava que ela fosse cumprir o que lhe prometera: ensiná - lo a fazer um presépio.
Veio enfim a Emília com umas figuras de barro muito toscas, São José, Nossa Senhora, o burrinho, o rei Baltazar...